XuCruTinho
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
 
Querida Gaby...

Lendo o seu blog, quis contar o que aconteceu comigo há um tempo atrás, quando me apaixonei por alguém que não era pra mim.

Eu entrei onde trabalho hoje como estagiária. Eu estava no último ano da faculdade e ficava lá só de manhã. Chegava às seis e meia da manhã, pra ajudar a minha chefe e saía sempre 13h30. Uma das minhas tarefas era organizar uns relatórios do que foi feito pela equipe da manhã “para o Juliano”, a minha chefe dizia. Eu digitava no topo da página “PARA O JULIANO” e escrevia o que tinha que ser escrito e imprimia. Deixava o papel sobre uma mesa lá na redação pro tal Juliano pegar e ia pra casa.

Claro que eu perguntei quem era o Juliano, por curiosidade. “É o produtor da tarde”, minha chefe disse. Beleza.

Bom, como eu era uma moça muito muito esforçada, comecei a ficar o dia inteiro na empresa. Comecei a me encher de coisa pra fazer, me oferecer para outro monte de coisas, até que, quando eu vi, eu estava trabalhando até às 17h. E olha que o estágio era de graça.

Um dia estava na sala da Andressa, outra produtora, conversando com ela e mais um monte de mulher, dando muitas risadas. Estava meio que no horário do almoço, única parte do dia que eu tinha uma folguinha. De repente, entra na sala aquele cara.

Pareceu câmera lenta. Entrou aquele garoto alto (tinha 1,90), pele branquinha, boca desenhada, cabelo castanho claro bagunçado liso caindo nos olhos, corpo bonito, calça da M Officer desbotada e camiseta preta com uma bandeira da Alemanha no peito, a camiseta era curta e aparecia as laterais do corpo, todo largado, nem aí. Lindo. Ele entrou, cumprimentou todas as meninas e saiu. E me largou babando por aquele ar de mistério que ele tinha, de bomba relógio, de perigo.

Perguntei na hora, discretamente: “Quem é ele?”.

A Andressa: “Esse é o Juliano. Não conhecia? Ele pegou duas semanas de folga, voltou hoje. Ele é bem queridinho, sempre vem aqui cumprimentar”.

Decidi que eu tinha que me aproximar dele. Queria saber mais. O cara parecia ter saído de um seriado!

Bom, comecei a ajudar mais o pessoal do setor dele. Como quem não quer nada, fui falar com a minha chefe dizendo que eu queria aprender mais e ela disse exatamente o que eu queria ouvir: “Melissa, por que você não troca uma idéia com o Juliano? Ele é um bom produtor, vai te dar umas dicas boas. Começa a ficar lá a tarde, pra você acompanhar o trabalho”.

E foi o que eu comecei a fazer. Apareci um dia no setor dele e lá estava, sentado ao lado do telefone, trabalhando. Entrei, pedi licença e expliquei tudo. O Juliano foi super simpático, disse que eu podia ir lá quando eu quisesse, já puxou papo e foi me explicando as coisas. Ele era ainda mais lindo de perto. O olhar dele te engolia. Ele tinha uma coisa que eu não sei explicar.

Comecei a ir lá todos os dias. E a gente conversava muito.

Conhecendo o Juliano eu descobri que ele realmente era perigoso. Tinha 23 anos na época, fazia aniversário um dia antes que eu e tinha uma filha pequena chamada Juliana. Com 23 anos, ele já tinha uma filha pequena! Levei o maior susto, mas imaginei que havia um lado bom: quem tem filha daquela idade deveria ser responsável e maduro. Engano meu.

Ter uma filha não o constrangia nem um pouco. Tocava em uma banda de rock, era extremamente galinha e comia mulher em banheiro de boate, comia mulher desconhecida, comia duas mulheres ao mesmo tempo. Era totalmente destrambelhado, curtia uma cerveja, tinha perdido o pai muito cedo (ele adorava o pai) e a mãe dele era uma maloqueira bonitona que criou os filhos meio largados.

Apesar (ou por causa) do histórico, mulheres de todas as idades davam em cima do Juliano. Na empresa, todas se abriam pra ele. O Juliano atraía com a sua cara de bebezinho e seu jeito perigoso.

Eu não sei te dizer em que momento tudo aconteceu, mas nós grudamos. Durante dois meses que eu ia lá diariamente, a gente se aproximou muito. E de um jeito que nem eu esperava. No começo, ele me tratava como irmãzinha. Me contava todas as porcarias que fazia quando saía a noite. Eu gostava dele, mas tinha plena consciência de que não tinha a menor condição de eu alimentar qualquer coisa (o cara era muito sem vergonha).

Mas com o tempo tudo mudou. Ele começou a me tratar diferente.

Na empresa, nós estávamos sempre juntos. SEM-PRE. Na hora de ir embora também, eu ia com ele todos os dias de carro até um trecho do caminho. Logo a minha chefe e as colegas de trabalho começaram a perguntar se estávamos namorando. Eu dizia que não, falava que não tinha nada a ver, que éramos só amigos. O que não era mentira, era só isso mesmo.

Perguntavam pra ele também, mas o Juliano não se incomodava. Pelo contrário, adorava. Vinha me contar com um sorrisinho sem vergonha, olhando no meu olho:

- Melissa, sabe o que vieram me perguntar hoje?
- Claro que eu sei. Estão perguntando pra mim também.
- E o que você acha de namorar comigo, Mê?
Eu olhava pra ele com uma sobrancelha levantada e dizia:
- Vai cagar, Juliano.

Ele se matava de rir.

Aí com o tempo, a gente ficando mais junto, ele começou a fazer umas coisas esquisitas
Espalhou que a gente estava namorando. Um dia, chegou pra mim, com o mesmo sorrisinho sem vergonha:

- Melissa, sabe a Dona Amélia, que serve o café?
- Sei.
- Veio perguntar pra mim se a gente está namorando.
- Mmm.
- E eu falei que nós estamos. Falei que eu tinha te pedido em namoro e você tinha aceitado.
- Falou?? Juliano, ficou doido?
- Não. Ela gostou, disse que já suspeitava. Me abraçou e disse que a gente combina.
- Ai... Ela disse que a gente combina?
- Disse. Ah, mas isso eu já sabia.
- Vai cagar, Juliano.

Eu xingava ele, meio rindo, e ele adorava. Se matava de rir. E me abraçava.

O negócio foi piorando. As pessoas perguntavam pro Juliano sobre a gente e ele confirmava, dizia que era namoro mesmo. Aí eu falava que não era, ninguém acreditava. Sabe o que ele fazia? Ia me visitar no meu setor, olhava pra mim e me cumprimentava, com o mesmo sorrisinho. Todo mundo fazia aquele “ÉÉÉÉ, TÁ NAMORANDO”. Eu fazia cara de ai-me-poupe e o Juliano com o mesmo sorrisinho pra mim, dava uma piscadinha, mandava um beijinho e saía, dizendo “Tchau, meu amor”. Eu nem tentava consertar.

Eu fazia caretas porque não poderia demonstrar que gostava dele. Se o Juliano sequer imaginasse como eu estava apaixonada por ele, com certeza me comeria viva! Sabendo dos meus sentimentos, ele poderia fazer o que quisesse. Eu não podia deixar, precisava me proteger.

E a gente cada vez mais junto.

Ele me tratava agora ainda mais diferente: com todo o cuidado, como se eu fosse de porcelana. Eu faltava ou tirava folga, ele me ligava no celular. Sempre. Pra saber onde eu estava, com quem eu estava... Uma vez, minha chefe me deu um dia de folga porque eu tinha feito umas horas extras. Aproveitei pra sair com uma amiga. E enquanto eu contava sobre o Juliano, de como as coisas estavam diferentes, que ele parecia se importar demais comigo, ele ligou no meu celular. A minha amiga não acreditou.

- Cadê você, Melissa.
- Oi Juliano. Estou de folga hoje.
- Mmm. E onde você está?
- Estou com uma amiga.
- Quem mais.
- Só a minha amiga.
- Estou com saudades de você, Melissa.
- Está nada.
- Estou sim.
- Não se preocupe, a gente vai se ver essa semana.
- Você sabe que eu te amo.
- Vai cagar, Juliano.

Ele dava uma gargalhada:

- É verdade, Melissa. Não tem a menor graça sem você aqui.
- Acostuma a estar sempre junto, não é.
- É.
- Mas então tá, eu tenho que ir.
- Eu te amo, tá?
- Eu também te amo. Beijos.

A minha amiga me olhava de olho arregalado.

Eu não levava o Juliano a sério. Não tinha como levar. Ele continuava comendo tudo o que era mulher que eu bem sabia. Tudo bem que ele não me contava mais as coisas, mas eu sabia que ele ainda era galinha.

E a coisa foi piorando. A gente saía sempre, mas claro, só programas diurnos. Ele me levava numa confeitaria bem gostosa perto da empresa, íamos passear no shopping depois do trabalho, eu ia comprar coisas com ele. Nós conversávamos muito. E puxa... Ele era tão carinhoso comigo. Tão gentil. Me dava presentinhos bobos, me levava no médico quando eu tinha consulta, me chamava de “pequena”.

Uma tarde ele entrou na minha sala e, como sempre, olhou pra mim com um sorrisinho sem vergonha e me cumprimentou, como se não tivesse ninguém mais por perto. As meninas começaram a tirar com a minha cara (elas não se cansavam), dar risadinhas e fazer piadinhas, e o Juliano fez algo que eu não acreditei. Falou:

- Bom meninas, eu queria oficializar pra vocês que eu e a Mê estamos mesmo namorando. Ela é o amor da minha vida.

Eu olhei pra ele e disse: “cala a boca, Juliano!”.

As meninas aplaudiram. E ele só rindo pra mim dizendo:

- Eu te amo, Melissa. Você é meu amor! – bem alto. A sala quase veio a baixo com os gritos das meninas.

E a nossa “amizade” virou assunto. Todo mundo comentava.

Vinham perguntar pra mim, eu dizia que não estava namorando com ele mas ninguém acreditava. Eu dizia “gente, o Juliano está só brincando, a gente não tem nada”. As pessoas diziam “ahan, sei... Vocês não se desgrudam! Não vem com esse papinho”.

Eu desisti. Nem falava mais nada.

A coisa foi ficando mais séria. O Juliano vivia agarrado em mim, abraçado, dizendo que me amava, me olhando com cara de bobo. Eu já estava com roupas dele. Casacos, moletons... Ele me emprestava pra eu levar pra casa em dias de frio. Levou o melhor amigo dele lá na firma me conhecer. O cara era do mesmo estilo dele, largado-bonitinho, só que menos bonitinho.

- Então você é a Melissa? – o amigo dele disse pra mim, rindo.
- Ahm, sou eu.

Saímos da empresa naquele dia e fomos prum boteco do centro tomar cerveja. Quer dizer, eles na cerveja, eu no suco de laranja. O Juliano me tratou como namorada. Segurou a minha mão embaixo da mesa e foi muito gentil. Eu estava me sentindo estranha, porque era sem hesitar uma situação de avaliação, mas não me deixei abater. Falei um monte e o cara riu pra caramba comigo.

Bom, a gente levava vida de namorado. Brigava bastante também, só não beijava.

O clima entre a gente estava cada vez mais forte. Um sábado a noite, quando eu estava me arrumando para sair, o meu celular tocou. Era ele. Meu coração disparou. Ele nunca tinha me ligado num sábado a noite.

- Juliano? Oi.
- Oi Mê. Em quinze minutos eu estou aí. A gente vai sair. Se arruma e desce. Beijos.

E desligou.

Ele parecia todo decidido no telefone. Como se quisesse resolver algo.

Coloquei uma roupa mais bonitinha e desci.

Ele estava no carro, me esperando. Eu estava MUITO nervosa. Morrendo de medo que ele quisesse só ficar, me agarrar e tchau, tirar uma cisma.. Sei lá. Não queria que ele me magoasse.

Entrei no carro mentalizando o seguinte “calma, é só o Juliano, o seu amigo. Vocês se dão super bem, não tem o que temer. Ele te respeita sim. Aja normalmente. Não é um encontro”.

Fiquei mais tranqüila e entrei no carro conversando normal. O Juliano estava mais quieto, só me ouvindo falar. Depois de umas piadinhas que eu fiz, voltou a ficar quieto. Só eu falava.

No lugar (fomos num barzinho cultural bem gostoso) o Juliano estava mudo. Parecia... Inseguro. Meu, eu não entendi nada, nunca tinha visto ele daquele jeito. Parecia um menininho apavorado. Não deixei me abalar, continuei normal, puxando assunto, conversando. Ele me olhava, sorria, mas estava totalmente amedrontado.

Ficamos lá até tardinho e fomos embora. O caminho inteiro fui pensando no que eu ia fazer quando ele parasse aquele bendito carro na frente do meu prédio. A minha barriga doía, eu estava com vontade de vomitar o que eu tinha comido, super nervosa. Eu tinha medo de dar a entender qualquer coisa errada, medo de ele pensar que eu queria que ele me beijasse só porque a gente saiu, que ele tentasse me agarrar de um jeito horrível, galinha, que me magoasse.

O carro parou. Eu disse “foi muito legal, Juliano. Não foi?”. Ele fez que sim com a cabeça, olhando pra mim, com aquela cara de quem está tomando coragem. Entrei em pânico. Falei “bom, acho melhor eu indo. Tchau, Juliano, obrigada”, dei um beijinho nele e saí correndo, fugida mesmo. Cheguei em casa e corri pro banheiro.

Na segunda, ele veio me dar oi com a maior cara de apaixonado. Eu também, né, toda suspirando. Ele perguntou como tinha sido meu final de semana. Eu falei “foi bom. A gente saiu”. O Juliano sorriu todo carinhoso.

Num dos dias que ele me deu carona, dei tchau pra ele e, quando eu desci, ele disse pela janela, já com o carro ligado:

- Melissa, amanhã eu vou fazer uma surpresa pra você.
- Surpresa?
- É. Não passa de amanhã.
- Olha lá o que você vai fazer, Juliano. O que que é? Eu vou gostar?
- Vai. Acho que vai. Quer dizer, não sei.

Eu sabia o que era. Era um beijo. Mas ele não ia ter coragem.

No dia seguinte, eu estava na minha sala sozinha, quando ele apareceu na porta. Ele me olhou sério e tomou coragem. Veio andando na minha direção, decidido, eu só olhando. Chegou em mim e... Não conseguiu, me beijou no canto da boca. Então escondeu o rosto no meu pescoço e disse “droga, eu não consigo!”, com voz de choro. Eu ri e passei a mão pelo cabelo dele. Eu sabia que ele não ia conseguir.

Na época, o diretor da empresa, nosso chefe, chamou o Juliano na sala dele. Deu uma bronca nele porque ele não saía da minha sala. “Não dá, Juliano, você tem que ficar no seu setor! Você não sai lá da sala da Melissa. Conversa com ela depois do trabalho, mas na hora do expediente você tem que cuidar do seu trabalho”. Sabe o que o Juliano respondeu: “Sabe o que é, Armando? Eu estou apaixonado pela Melissa. Não consigo mais ficar longe dela”. O diretor riu, achou bonitinho, e disse só pra ele maneirar as visitas.

Eu estava preocupada, sabia que ele tinha sido chamado na sala do Armando. Quando saiu de lá, o Juliano foi me ver. Chegou rindo com o Zé.

- Não era nada demais? – eu perguntei.
- Ele me deu uma bronca porque eu estou vindo muito aqui te ver e estou largando o meu trabalho.
- E aí?
- Aí eu disse que não conseguia mais ficar longe de você. Que estava apaixonado.

Eu ri, né. Lógico que não acreditei.

- Ai Juliano, me poupe a beleza.
- Verdade. Foi o que eu disse.

Como acabou essa história? Bom, o Juliano começou a querer me falar do que sentia, eu percebia que ele não agüentava mais aquela situação. Fazia milhões de convites pra sair. E me deixava arrumada esperando em casa. Me deu um monte de bolos. Medo puro. Ele quem me convidava! E me deixava plantada. Como se na última hora, se arrependesse. Na sétima ou oitava vez que ele fez isso, eu fiquei realmente brava. E meio que dei um gelo nele. Devolvi as roupas dele que estavam comigo e fiquei na minha. Parei de ir atrás.

Já era época de Natal. Dois dias depois, eu tirei 5 dias de folga. Quando voltei, o Juliano não trabalhava mais lá. Depois disso, nunca mais o vi. Como eu sofri.

Ele mandou um amigo dele me ligar um ano depois... Mas eu não dei corda.

No começo desse ano, o Zé, que sempre estava com a gente, veio me contar que o Juliano estava na Austrália estudando e que ele queria muito conversar comigo, queria meu msn. Cinco anos depois, gente. Desconversei.

Aí semana passada, o Zé sentou conversar comigo.

- Melissa, agora que já passou tanto tempo, que não tem mais nada a ver... Eu preciso te contar.
- O que?
- O Juliano era completamente apaixonado por você.
- É mesmo?
- Melissa, ele queria muito te contar o que sentia. Mas morria de medo. Eu queria ajudar o cara, mas o Juliano não saía da pose de machão, não admitia que queria namorar você. O único dia que ele soltou mesmo foi uma vez que nós fomos jogar sinuca, só eu e ele, tomamos umas cervejas e o cara começou a desabafar. Disse que nunca tinha conhecido ninguém como você, que te achava linda, que você era pra casar...
- Caracas, Zé.
- Ele dizia assim “Zé, com a Melissa eu caso. Eu quero casar com ela, cara. A Melissa não é qualquer mulher, ela é especial. É diferente. Quero casar com a Melissa, cara, quero mesmo”.

Eu fiquei passada, né. O Zé continuou:

- Pena que ele era tão frouxo, Melissa. Ele morria de medo de você. Não tinha idéia de como agir ao seu lado. Sabe o que ele fazia? Vinha com uns papos de que um amigo dele que sempre foi filho da puta estava completamente apaixonado por uma menina, mas como sempre tinha sido filho da puta e nunca tinha gostado de ninguém, não sabia o que fazer. No final, ele perguntava se eu achava que esse amigo dele devia conversar com a menina.
- E você dizia o que?
- Que sim, que ele devia falar.
- Caracas... Que engraçado.
- O Juliano só falava de você, Melissa. O dia inteiro. Pra você ter uma idéia, ele parou de dar moral pra mulherada aqui da empresa por tua causa. Um dia, uma lá que sempre dava em cima dele foi convidar ele pra sair, sabe o que ele fez?
- O que?
- Ele disse “Some daqui, piolhenta”. Me matei de rir. Eu vi ele fazendo isso! E a guria não era feia não. Ele tinha medo que alguém visse, te falasse alguma coisa e você ficasse pensando coisa errada, que não tinha a ver. Ele era louco por você, Melissa.
- Nossa...
- Pra você ver... E aquele dia do Armando, que chamou ele na sala dele e o Juliano disse que não conseguia ficar longe de você e tal, é verdade. Ele falou mesmo aquilo pro chefe.

É mole?

Até hoje eu lembro dele com carinho.

Três anos depois, eu conheci o Felipe. Lindo. E com caráter. Cheio de defeitos, mas meu amor. Ele sim soube me amar. Foi homem o suficiente pra vir e dizer o que sentia. Pra dizer que não conseguia parar de pensar em mim e que queria namorar comigo.

Mas essa história eu conto outra hora.

Pra você ver, essas coisas realmente acontecem...

Melissa

..:*:..:*:..:*:..:*:..:*:..

Melissa...

Fico feliz que tenha encontrado alguém pra você. Às vezes, uma cara de bebê e uma história de amor escondem alguém sem caráter, incapaz de nos fazer feliz. Espero que o Juliano tenha aprendido que mulheres são seres humanos e não coisas. E, como você, tenha encontrado alguém especial. Beijo pra você.
 
Comentários:
Uma boa história de vida, principalmente pro moço =)
Adoro teus textos, mulher!!!!
Beijão!!!
 
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Em 100% das vezes em que perguntam meu nome e eu digo que é Gabriela, ouço um “Gabriela? Cravo e canela?”, seguido de uma risada. E todas estas pessoas realmente acreditam que a piadinha é super original. Se eu te chamar de jaguara é porque gosto de você. Jesus é tudo pra mim.

Nome:
Local: Brazil

Anos se passaram, Gaby é jornalista formada, locutora de rádio, e continua molhando o pão no Nescau. Sou adepta do regime eterno, ainda tenho problemas sérios para comer de palitinho e fico levemente ofendida com a careta que as pessoas fazem quando eu conto que tenho um gato e ele se chama Xaninho. “Xaninho?? Que nome é esse?”. Um dos meus hobbies é gente esquisita. Eu adoro prestar atenção na história delas. Tenho medo do orkut. E de mariposas peludas. Ui. Eu costumo sonhar com pessoas famosas. Já sonhei que o Eminem vendia perfumes, que o Keanu Reeves estudava comigo e pegava um ônibus chamado “Vila Adidas” para voltar pra casa e que o Bon Jovi era meu melhor amigo. Eu gosto muito de torta de limão.

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