ontem acordei morrendo de vontade de escrever uma história. uma qualquer, sobre algo cotidiano, que acontece com todo mundo, sei lá. eu não sei se era saudades de ser escritora fajuta ou se é fuga de monografia. eu não suporto mais escrever aquele monte de coisa formal e elaborar raciocínios formais. a impressão que eu tenho é que antes de começar o quarto ano de jornalismo, eu era bem mais solta pra escrever. eu não pensava no que eu ia colocar no papel (ou no Word). sei lá, ia saindo, ia fluindo. às vezes saía só merda, às vezes saía coisa de qualidade... mas a facilidade é que é a questã. eu tinha facilidade pra escrever. agora não. eu vou desenvolver uma frasezinha, uma assim, à toa, normaléx, quando sou parada pelo Senso Comum (viva o Saramago!): "ai, mas será que está nas normas da ABNT? mas será que não está informal demais? deveria eu citar a importância da ética no jornalismo aqui neste parágrafo?". QUE TÉDIO! eu estou me tornando uma escrevedora tediosa. e tudo culpa de quem?? das normas que a faculdade me entrochou goela abaixo! aquilo é uma camisa de força! e se eu nunca mais puder escrever de novo? escrever sem ficar questionando todos os meus sujeitos e predicados, escrever totalmente leve, sem preocupação, escrever pra passar o tempo... ai, que saudades da época em que na minha cabeça não havia cadeados gramaticais... (olha isso... além de formal, eu estou escrevendo de bonito. cadeados gramaticais, que horrível!)
a faculdade é ótimo, exercita o cérebro, mas em jornalismo, você é meio que reprogramado. "lead (quem? o que? quando? onde? como? por quê?), sublead, gravata, suspensório com 45 toques! seja resumido, mas escreva tudo! seja objetivo, não floreie, não divague, não se aprofunde! o texto deve ser sintético, claro, direto!
eu acho que posso estar perdendo a essência do Xucrutis. NÃO! EU NÃO ACEITO ISSO! ok, ok, não posso perder o foco. deixa eu terminar essa faculdade cocozona pra vocês verem se eu não volto ao normal. me aguardem.