apesar de toda a correria, distúrbios alimentares e ausência de sono, eu estou ótima. sabe por quê? porque a minha casa só comporta três pessoas novamente. wOoHoO! eu nunca tinha percebido, mas como a minha sala é grande. tudo é grande. a sala, a cozinha, o quarto da minha mãe... tudo grande, espaçoso, vazio e silencioso.
então quer dizer, enquanto em termos de residência a gente vai bem, no setor sentimental, vamos mais ou menos. meio perdidos, meio confusos... uma coisa engraçada que acontece quando você começa a gostar de alguém é o automático facínio pelo ser humano que se apodera de você. de repente, jeitinhos de falar, manias e defeitinhos te deslumbram. receber um "oi" empolgadinho e uma cesta cheia de girassóis é praticamente a mesma coisa.
você fica reparando, notando, percebendo... tudo te intriga. por que ele está fugindo disso?, por que ele toma café sem açúcar?, por que ele não nasceu mais feio e menos fofo?... tudo é motivo de debate. você vai contar pruma amiga sobre o cara e se pega desenvolvendo milhões de teses a respeito do costume que ele tem de arranjar desculpas cretinas pra pegar em você. "talvez seja o jeito que ele foi criado... é isso! tudo é culpa da mãe dele! bem que eu vi que ela era meio independente, que fazia o tipo moderna, que cria os filhos para serem isentos de sentimentos e sentidos". você filosofa horas e horas e não pára de sair argumentos do seu cerebelo. na verdade, é só a sua vontade de falar dele já que não pode falar
com ele. ainda não dá pra ligar, assim, por nada, só pra conversar. e também, não é aqueeeela paixão. não dá vontade de ligar toda hora, só de vez em quando. e espero que permaneça assim. Deus, valeu!