ai, que merda.
tá tudo uma droga.
meu vô fez o transplante, mas parece que o fígado novo não está funcionando direito.
minha família tá toda desestruturada por causa disso, minha mãe está arrasada, esgotada e nervosa. e claro, eu junto, né?
minha tia, irmã da minha mãe, está dando uma ajuda, mas o marido dela, imbecil, ao invés de dar um apoio, fica só gritando com a mulher, proibindo ela de visitar meu avô (ele está internado em outra cidade) e não dá uma única ajuda pra gente.

isso é o que eu gostaria de falar pra ele:
Talvez se você tratasse a sua mulher com um pouco mais de respeito, talvez se você cumprisse o que prometeu quando decidiu casar-se (na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza), talvez se você fosse um pouco menos egoísta e retrógrado, talvez assim Deus tivesse um pouco mais de orgulho de você. E o seu filho teria um exemplo de pai melhor dentro de casa, sem crescer achando que marido tem que tratar a esposa que nem cachorro.

não, isso porque eu não contei do Natal.
minha mãe vai passar no quarto do hospital e meu pai vai pra Rondônia.
quer dizer, eu e o meu irmão íamos ficar sozinhos em casa. não tinha pra onde ir!
eu chorei uns quatro dias por causa disso.
agora meu pai ligou pra minha tia e ela vai pegar eu e o meu irmão pra passarmos o Natal com a família dele, numa cidadezinha próxima. mas... eu não queria assim. eu queria a minha família. eu queria coisas felizes, motivo pra sorrir, eu queria o espírito de Natal. e não o meu irmão e eu, no meio dos parentes, completamente deslocados. tenho certeza de eu vou chorar quando meu pai ligar desejando Feliz Natal.

droga! que vontade de gritar!
invoco agora ajuda divina pruma garota de 20 anos que está totalmente perdida e melancólica. caso de urgência. antes que ela chore de novo.
Amém

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este é um blog recomendado e aprovado pelo Ministério do Xucrute:

Bloguinho, aquele é pequeno, mas é grande.
  ¶ 1:59 AM 0 Comentários

 
Às vezes tenho tantas idéias, tão ao mesmo tempo, que minha cabeça fica incapaz de processar o que se passa. Um bando de frases soltas, cada uma com sua genialidade. Daí eu corro pro meu caderno, afobada, e mando bala.
Aí vai um bando delas que passaram pela minha cabeça neste inexato momento:

Quando eu era menor, eu tinha medo de pessoas. Temia que elas me olhassem e percebessem a minha dificuldade em ser normal. Hoje continuo com medo delas, mas agora disfarço. Disfarço tendo amigos.
O tempo todo, invejo quem está apaixonado. Principalmente se o sentimento não for patológico ou neurótico.
Eu não vou com a cara do que não é saudável. Pra mim, refrigerante deveria ser nada mais do que suco misturado com água com gás. Alimentos transgênicos e ciclamato de sódio me preocupam. Assim como o hábito de se dizer "eu não me preocupo com o que os outros pensam". Um é tóxico e outro é mentiroso. Tóxico e mentiroso... E eu não consigo ver diferença.
O dia em que me senti menos anormal foi quando terminei de ler "O Diário de Bridget Jones". De anormal, passei pra clichê. Mas ainda assim, escrevendo. E sorrindo com a boa notícia de que mais pessoas no mundo às vezes acordam não indo com a sua própria cara.
Nunca gostei dos namorados da minha mãe. Todos sempre me pareceram inaptos. Pra compensar, vivi sentindo falta do meu pai. Independente se ele estava ao meu lado ou não.
Amigos, tenho muitos. Eles me fazem acreditar que o mundo vai me tratar bem quando eu estiver sozinha.
Li o que Dalai Lama escreveu sobre ficarmos sozinhos e achei idiota.
Quando eu estou nervosa, mando cheirar dedo, quando estou feliz, digo que é gordinho.
Eu continuo procurando o meu irmão pra me dar a visão mais realista possível das situações. E ele vem com as visões racionais e frustrantes dele. Eu preciso parar com isso.
Frase mais incrível já anotada por mim: "Foda-se! É minha agenda, meu jeito de escrever!".
Nego agora todas as ofertas de namorados-bosta, que possuem um forte talento pra me fazer sofrer. Quero cabelo bagunçadinho e sedoso, quero que me aceite, quero que seja engraçado. E sincero. E seguro. E humilde. E inteligente. E cheio de defeitos.
No começo eu era burra como uma porta. Misturava dourado com prateado, me escondia, escrevia histórias sobre gente perfeita e tinha só 1 apelido. Todo começo é primitivo e amador. Hoje certifico-me de que estou cercada por quem me respeita, continuo misturando dourado com prateado, mas o faço com classe. Gente mentirosa eu descarto, escrevo histórias sobre vidas complexas que sofrem mudanças e tenho 23 apelidos (entre ativos, inativos, extintos e casuais).

E meus conflitos vão bem, obrigada.


* À Luciana Trintão vai o mérito pelo termo "namorados-bosta". Definiu bem a ala canina dos homens, amiga.

  ¶ 12:17 AM 0 Comentários

 
às 15:40 eu estava deixando o meu estágio e me dirigindo para a tenda em frente ao Palácio Iguaçú, aqui em Curitiba, para a palestra de Jornalismo Cultural que ia ter com ninguém menos que Alberto Dines. meu pé estava doidérrimo por causa de uns calinhos e eu estava morta de sono devido a uma abordagem desagradável do telefone logo cedo, às onze pra ser mais específica (gente, é férias! onze da manhã é praticamente madrugada).
mas a Gaby é uma menina guerreira, ela faz tudo pelo jornalismo. e por isso, não desistiu.
levava comigo um gravador para possíveis entrevistas.

e olha... eu teria ido até com um braço gangrenando.
eu nunca estive em um ambiente tão cult em todos os meus 20 anos.
todo mundo argumentando, pensamentos geniais, articulações ninjas, soluções para quase todos os problemas do mundo (menos para o aerosol Bom Ar e sua fedentina), perguntas elaboradíssimas. e eu lá, absorvendo cada molécula intelectual de ar.
depois fui até o presidente do Sindicato de Jornalistas aqui do Paraná para uma entrevistinha rápida. mas o meu alvo principal era o Alberto Dines. tinha uma galerinha em cima dele, mas isso não desanimou Gaby, The Power Jornalist! *inglês mequetrefe acaba de ser detectado*
consegui entrevistar o homem! wOoHoO! *comemorando com as mãozinhas para cima*
dá medo de conversar com esses caras fodões. parece que até o seu oi vai sair mal articulado. mas foi muito legal.
bagagem cultural aproximadamente 93,2334% mais lotadinha.
e não tentem me impedir.
  ¶ 4:04 PM 0 Comentários

  teve amigo secreto no estágio. que chic, amigo secreto dá toda aquela cara de empresa pro que é inicialmente um estagiozinho.
ganhei o cd do The Calling. aaêê! fiquem feliz por mim! =D
a notícia ruim é que eu não exatamente amei o cd. mas tudo bem, é só ouvir mais uma vezes, que eu acostumo e começo a achar não tão ruim.
ah, vai, não é de todo ruim. tem umas músicas legais.

ai, senhor... hoje teve outra festa da família. chá de panela de uma prima minha.
tinha salgadinho, docinho e bolo. só três coisas, parece pouco, eu sei. mas só o primeiro já entope.
a minha família é foda... o povo se reúne e SÓ COME! e fala. é uma começão e falação... típica família italiana. aí vem a minha vó me apertar e me dar tapas na bunda. "Gabyzinha da vovó" e lá vem um tapa. "E a faculdade, netinha?" e mais um tapa. se alguém precisa de algum tratamento contra celulita para os glúteos, é só ligar para a minha vó. e não precisa nem pagar, é só você fazer com que ela te ame. porque aí, tapa na sua bunda é o que não vai te faltar.
meu pai sempre bebe um pouquinho e já encosta dormir. ele encosta em qualquer superfície horizontal que estiver pela frente. e dorme. aí na hora de ir embora, ele tá com a cara toda vermelha, com marcas quadriculadinhas.
aí tem os primos mais novos que estão na época do vestibular. a parte das tias que são professoras se juntam ao redor deles e dá-lhe dicas.
a Cacá, minha prima, estava lá. nós demos MUITA risada.
foi legal. destaque para o dois amores. estava lindo, apesar de mole (dia quente, sabe como é, os docinhos não ficam consistentes).

enfim...

eu estou tentando parar de falar tipo. alguém conhece algum método milagreiro, porque, PÃTZ, eu estou me batendo MUITO!
em toda esquina de frase, na hora de fazer um contorno, eu enfio um "tipo". i-rri-tan-te!

ah, Bibi, a lista tá pronta. mas eu queria acrescentar mais uma coisas... bom, eu vou publicar logo, não esquenta.

*mua mua*
  ¶ 12:28 AM 0 Comentários