casa da Wanessa, fim da tarde, processo de construção da monografia do projeto de final de curso:
- Nossa, o Jogo da Vida! - eu disse, olhando pruma prateleira. - Eu amava isso.
- Vamos jogar depois? - a Wanessa ofereceu.
- Vamos! - a Iza falou.
Silêncio.
- Putz, eu tenho que ir pra casa ver meu namorado - a Iza se lembrou.
- Já? - eu disse.
- Já - ela respondeu.
Então a Wanessa tentou fazer inveja:
- Nós vamos jogar Jogo da Vida.
- E eu vou fazer sexo.
é, a Iza ganhou.
saí com a Ana Cláudia pra tomar alguma coisa no Fran's Caffe. chi-qué-rri-mo. coisa de elite mesmo.
me senti parte da nata curitibana. (nata= termo que denomina pessoas ricas e populares. analogia a gosma escrota que bóia sobre o leite quente. pessoas que estão "por cima")
pedi um tal de "Mocha" (lê-se Móca), que viria a ser uma bebida de café gelado, com chantilly e chocolate. soa bizarro, mas é bom.
no cardápio, me chamou a atenção uma bebida que continha um treco chamado "cognac". perguntei pra Ana: "flor, dá licença. o que é 'côguináqui'?". ela respondeu: "conhaque, Gaby". tudo bem, disfarça. que gafe. já dizia o poeta: "êêêê gonorância..."
falamos da vida, dos problemas, falei mal do meu pai (com aquele tom de mas-não-vivo-sem-ele), ela contou da faculdade... enfim, mulheres maduras tomando bebidas incrementadas e falando dos problemas cotidianos. chic como arrumar gavetas nos tempos livres. que garbo, que requinte, que elegância.
claro que não faltou as minhas risadas escandalosas e as conversas sobre regime.
e as piadas da Ana, cujos sentidos fazem eu me defecar de rir.
quem quiser mandar um beijo pra Ana Cláudia, escreve nos comentários.
eu deixo o meu aqui:
Ana, *MUA MUA*!