XuCruTinho
domingo, janeiro 21, 2007
 
Bom, tudo começou com o meu namoro. Há algum tempo que eu andava insatisfeita com o meu relacionamento. O Lucas havia se tornado um cara orgulhoso, frio e negligente fazia uns dois meses e eu não entendia o motivo daquilo. Era como se no nosso namoro tivessem surgido segredos, assuntos dos quais nem eu nem o Lucas conseguíamos conversar. Eu estava infeliz com a postura dele de namorado-que-não-se-importa e ele também parecia insatisfeito com algo que eu não sabia bem o que era (justamente porque os segredos estavam começando a surgir).
Nesses dois meses eu tentei conversar com o Lucas sobre o assunto, mas como conversar sobre algo que você não sabe definir o que é? O que eu sabia era que eu estava infeliz, me sentindo abandonada e desprotegida, sem comentar, é claro, o fator mal amada.
Nós sentávamos para conversar, mas era sempre um fiasco. Porque eu começava a falar de algo que estava me incomodando sem saber muito bem o que era e ele começava a ouvir, com expressão de saco cheio, sem entender do que é que eu estava falando. A única coisa que eu sabia explicar eram os sintomas. "Lucas, eu estou me sentindo sozinha. Você não me dá atenção, não faz eu me sentir amada, protegida, eu sinto que não posso contar com você e blá blá blá...". Ele ficava confuso, pedia para eu citar uma situação específica pra ele entender o que ele fez que me despertou esse sentimento, mas a grande verdade é que eu não conseguia pensar em nada.
Com o passar dos dias, a angústia só foi aumentando. E nós dois nos afastando mais e mais, sem um motivo aparente. Então, resolvi encontrar uma explicação para aquilo tudo: o Lucas estava depressivo por estar sem emprego há um ano, afastado de Deus, por isso estava sendo um companheiro horrível. Era isso. Eu até tinha aqueles argumentos na manga de quem fez terapia por três anos: "as pessoas que estão depressivas se tornam egoístas porque não conseguem olhar para mais nada além da sua dor".
Apesar de este motivo não testificar no meu coração, eu continuei me apegando a ele (afinal, não tinha nada melhor para colocar no lugar). E a angústia foi aumentando absurdamente. Chegou um ponto em que eu só conseguia chorar e comer. Comer muito. Aliás, comer era a parte mais divertida do meu dia já que todo o resto estava uma droga. Quando eu e o Lucas conversávamos era sempre superficial, com um ar de cemitério, como se algo houvesse morrido. Os meus momentos de tristeza (portanto, necessidade de colo) eram completamente descartados por ele porque, para o Lucas, tudo havia se tornado uma grande e única reclamação. Eu apenas mudava o tema.
Paralelo a isso, as minhas exigências não paravam. Eu queria atenção, queria me sentir amada, queria provar para ele que a postura dele de frieza e indiferença estava matando o que eu sentia por ele.
O dia 24 de dezembro à tarde foi o ápice. Neste dia, ele começou a me dar um beijo na boca e eu comecei a chorar no meio do beijo. Ele parou, pareceu preocupado, perguntou o que eu tinha, o que tinha acontecido. Aos prantos, eu comecei a explicar, pela milionésima vez, o que eu estava sentindo: "Você pede por carinho?? Mas eu não me lembro de receber de você. Você ficou bravo hoje porque eu não quis te acompanhar a sorveteria com você, mas meu Deus, Lucas, você nunca me acompanha a lugar nenhum! Você nunca está do meu lado! Os meus problemas eu não sinto que posso compartilha-los com você porque é como se você não se importasse, não quisesse saber! Você não ouve! O namoro está terrível e você simplesmente não quer falar do assunto! Eu só consigo comer nos últimos dias porque é o único momento em que eu me sinto feliz". Eu não falei muito mais do que isso. Eu estava aos prantos. O Lucas ouviu tudo atentamente e, quando terminei, ele ficou uns 15 segundos em silêncio e disse: "Vamos comer alguma coisa?". Eu simplesmente não acreditei. Meu Deus, que insensível!!
A noite tinha festa de Natal na minha casa. Ele foi, mas não olhou na minha cara a noite toda. Estava bravo porque, mais uma vez, eu havia reclamado e cobrado coisas dele. Eu estava moída por dentro. Arrasada. Indignada com a insensibilidade dele.
No dia 25 de dezembro, almocei na casa dele e à tarde conversamos no quarto dele. Foi uma conversa muito difícil, em que eu ouvi da boca dele: "eu tenho que ser sincero com você, Fer. Eu não sei se posso oferecer mais do que isso". Então eu respondi: "então nós vamos ter que terminar porque eu quero mais do que isso". Quando eu disse isso, o Lucas parece que caiu na real e acordou. Porque até aquele instante, era como se ele acreditasse que aquilo tudo ia passar e, alguma hora, eu ia parar de reclamar tanto. Disse isso e já me levantei para ir embora. Ele se ofereceu para caminhar até o ponto de ônibus comigo.
Era feriado, a cidade estava completamente vazia.
No caminho foi um silêncio mortal. Chegando no ponto, o Lucas começou a chorar desesperadamente. Pediu perdão por tudo, disse que queria me fazer feliz, mas não tinha idéia de como fazer isso, que sabia dos erros dele, mas não sabia como consertar. Eu fiquei quieta ouvindo, chorando muito também, mas confesse que havia um certo ar de arrogância dentro de mim.
De repente, um temporal começou. Tão forte que o teto do ponto de ônibus não foi suficiente para nos mantermos secos. A chuva caía com força e, encharcados, nós choramos muito abraçados. Pra mim, naquele momento, tudo o que eu pensava era que aquele relacionamento havia terminado. Não tinha mais jeito. Nós tínhamos tentado, mas a nossa dificuldade em dialogar sobre o que sentimos estava impedindo que nós encontrássemos meios de sermos felizes juntos.
O Lucas pediu perdão por não ter conseguido ser o cara com quem eu sonhava, disse que nunca ia amar ninguém como me ama, que eu tinha mudado a vida dele... Nossa, foi horrível.
Fui pra casa e chorei. O tempo inteiro. Eu acordava chorando e ia me deitar em lágrimas. Até me acostumei com a expressão inchada que meu rosto adquiriu por causa do choro ininterrupto.
Dia 25 nós terminamos. No dia 27, a minha melhor amiga foi conversar com o Lucas no msn. Perguntou como ele estava e começou com umas conversas assim: "Lucas, esquece isso, vai cuidar de você. Essa é a hora de você investir em você. Vai atrás das tuas coisas, dos teus sonhos, esquece isso". No mesmo dia, ela me ligou pra contar sobre o que tinha feito. Fiquei irada. Fazia dois dias que eu tinha terminado com ele!! Eu não tinha a menor idéia do que eu estava pensando, do que eu ia fazer, do que eu queria que acontecesse, e ela simplesmente toma a frente e sai dando conselhos para o cara que eu amo?! Defendendo não os MEUS interesses, mas os de sei lá quem!!
Enfim. Dei um pito nela no telefone. Nem deixei ela terminar a história. Interrompi e disse: "Eu vou te dizer isso e somente uma vez: eu nunca mais quero que você tenha esse tipo de conversa com o Lucas". Ela ficou super assustada e perguntou por quê. Respondi: "primeiro, eu nunca teria esse tipo de conversa com os seus ex-namorados. Segundo, a situação é muito delicada pra você simplesmente dar a sua opinião. Terceiro, você é minha amiga, não dele. Quer conversar sobre o assunto? Conversa comigo".
E como tudo nessa vida tem uma causa e efeito, o resultado apareceu logo: o Lucas parado na minha porta, aos prantos, desesperado, perguntando como podia eu já tê-lo esquecido. Perguntei da onde ele tinha tirado aquilo. "Eu falei com a sua amiga no msn e ela me incentivou demais a esquecer tudo isso, a superar, a cuidar de mim... O que é que você disse pra ela? Que já me esqueceu?".
Acalmei-o e conversamos na sala aqui de casa. Ele falou, falou, falou, eu também fiz o mesmo, e no fim concordamos não terminarmos de uma vez por todas. O Lucas sugeriu que eu pensasse por um mês e, depois desse tempo, que sentássemos conversar de novo. Achei uma boa idéia porque eu não estava em condições de tomar nenhum tipo de decisão definitiva.
Olha, eu não sei em que momento tudo começou, mas as coisas foram piorando muito. Todas as vezes que eu e o Lucas conversávamos, acabávamos brigando. Era muita angústia, dúvida, insegurança e mágoa envolvida. Tanto eu quanto ele estávamos com medo do que acabaríamos descobrindo. "Talvez não seja para nós ficarmos juntos, talvez não seja essa a vontade de Deus", eu pensava e ele, com certeza, pensava também. Isso gerava muita ansiedade e, nas vezes que nos falávamos, brigávamos.
Até que um dia o Lucas me ligou. Ficamos umas três horas no telefone. O Lucas começou a desabafar sobre como ele se sentia no namoro, falar de sentimentos que ele nunca tinha exposto pra mim. Eu não sei exatamente em que momento da conversa isso aconteceu, o que eu sei é que, de repente, é como se tudo o que eu estava vivendo nos últimos dias não fosse nada daquilo. Fosse outra coisa. Sabe o que eu entendi naquele segundo? Que eu manipulei tudo esse tempo todo. Eu controlei tudo. Percebi que sou uma mulher cruel no namoro porque convivo com um sentimento de abandono. Como tenho certeza de que o Lucas vai me abandonar, acabo me vingando dele por uma coisa que ainda não aconteceu, mas, que na minha cabeça, é inevitável, vai acontecer. Aí o que eu faço? Crio situações, manipulo conversas ou causo reações no Lucas, para que eu fique brava com ele e pense "aí ó, está vendo?! É igual a todos, vai me abandonar também. Cretino".
Sabe quem foi a primeira pessoa que me abandonou? O meu pai. Hoje, conscientemente, eu sei que o meu pai não me abandonou, mas no meu inconsciente... Lá está a idéia da Fer de 9 aninhos, que sentia falta do pai porque ele se separou da mãe muito cedo e por isso nunca estava perto. Está no meu inconsciente também a Fer de 13 anos, que tudo o que conseguia ouvir do pai eram palavras de reprovação, como "mas você é mesmo muito burrinha, né Fer?!" e "meu Deus, Fer!! Você esqueceu de novo?! Como você é lenta! Nunca aprende! Perdida!". Tem ainda a de 17, que quando ia mostrar textos que havia escrito na faculdade, escutava do pai dela "tá, dá onde você tirou esse texto? Copiou da onde?".
Outra coisa que percebi a meu respeito é que eu não me permito ser frágil. O Lucas falava ao telefone "eu sempre quis cuidar de você, mas você nunca deixou. Eu sempre quis ser o cabeça, mas você sempre me atropelava com a sua inteligência". Inteligência... Isso pra não dizer arrogância. Entendi também que eu não me permito ser mulher, frágil, que precisa ser cuidada. Eu sou o cabeça. Eu penso como homem! Eu quero resolver, eu quero decidir, eu já detecto o erro no relacionamento, aponto a solução, coloco o plano em prática e ai daquele que não me seguir. Como fiquei assim?
Bom, paralela a está história do meu pai, estava minha mãe, agora divorciada, curtindo com os namorados dela e deixando pra lá esse negócio de cuidar de filho. Então, vendo-me sozinha e tendo que cuidar do meu irmão mais novo, entendi, desde cedo, que frente aos problemas da vida, temos duas escolhas: ou nos jogamos na lama e morremos de depressão, ou sobrevivemos e damos um jeito de superar aquilo. Não é o jeito mais correto de resolver, mas foi a forma que eu encontrei, quando pequena, de sobreviver.
Resultado? Hoje, eu penso que esse negócio de fragilidade é o mesmo que ser maricas. Horrível, eu sei... Mas a grande verdade é que a mulher não tem estrutura para ser o cabeça. Nós não temos estrutura psicológica. Eu estou cansada de resolver, de decidir... Eu quero ser cuidada.... Eu PRECISO aprender a ser cuidada.
E era por isso que o Lucas estava daquele jeito. Ele não agüentava mais as minhas exigências, os meus padrões, as minhas cobranças, a minha insistência em controlá-lo e moldá-lo do jeito que eu quero. Ele estava cansado de não poder ser ele mesmo no relacionamento, cansado de não poder exercer o seu papel, de ficar ouvindo as minhas ordens, sendo pressionado a cumprir minhas normas...
Eu chorei tanto no telefone. Me senti um monstro. É como se essa Fernanda não fosse eu, fosse uma outra pessoa que mora dentro de mim. Me senti horrível. Pedi perdão pra ele e ele chorou muito também. O Lucas já estava perdendo as esperanças porque achava que eu nunca ia enxergar isso.

Eu focalizei tanto nos defeitos dele, mas a grande verdade é que eu não queria ver os meus.

Pedi perdão pro Lucas e pedi pra voltar. Oramos juntos e pedimos pra Deus nos orientar desta vez.

Agora, eu preciso construir uma nova Fernanda. Essa sabe separar o papel de filha do de mulher. Como Deus é fascinante... Ele tira o pus para que a ferida seja tratada. Se eu não percebesse isso, jamais faria o Lucas feliz e jamais o deixaria me fazer feliz.
 
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Em 100% das vezes em que perguntam meu nome e eu digo que é Gabriela, ouço um “Gabriela? Cravo e canela?”, seguido de uma risada. E todas estas pessoas realmente acreditam que a piadinha é super original. Se eu te chamar de jaguara é porque gosto de você. Jesus é tudo pra mim.

Nome:
Local: Brazil

Anos se passaram, Gaby é jornalista formada, locutora de rádio, e continua molhando o pão no Nescau. Sou adepta do regime eterno, ainda tenho problemas sérios para comer de palitinho e fico levemente ofendida com a careta que as pessoas fazem quando eu conto que tenho um gato e ele se chama Xaninho. “Xaninho?? Que nome é esse?”. Um dos meus hobbies é gente esquisita. Eu adoro prestar atenção na história delas. Tenho medo do orkut. E de mariposas peludas. Ui. Eu costumo sonhar com pessoas famosas. Já sonhei que o Eminem vendia perfumes, que o Keanu Reeves estudava comigo e pegava um ônibus chamado “Vila Adidas” para voltar pra casa e que o Bon Jovi era meu melhor amigo. Eu gosto muito de torta de limão.

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